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"Ela"

  • Foto do escritor: Joana Sarabando
    Joana Sarabando
  • 23 de abr. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 7 de dez. de 2020


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As trapalhices de quando éramos crianças, recordamo-las como se estivessem a acontecer agora. Depois crescemos e lembramo-nos mais ou menos e depois vamos distorcendo as recordações, porque já tudo se tornou banal. Ou talvez sejamos nós quem se esquece da frescura com que vivia cada trapalhice de infância? O presente não deixou de ser só o presente; é um presente: Evapora-se num abrir r fechar de olhos até deixar de ser presente. Ela lembra-nos de nós próprios e dessa infância, da criança que moldámos; lembra-nos o que é o corpo e do que somos feitos, e do que vamos escrevendo com ele. Ela inquieta-se e inquieta-nos sobre o presente - este espaço que existe entre passado e futuro e onde sempre nos vamos esquecendo de estar. Ela lembra-nos de nós próprios enquanto passeávamos pelo presente e deixa-nos rir de tão banais que são os nossos dias por não termos a sensibilidade de ver para além deles. E depois senta-se connosco a rir-se dela própria. Ela somos todos.


Ficha técnica

Texto Quitéria da Silva

Direcção Maria da Fonte

Interpretação Joana Sarabando

Cenografia | Figurinos | Adereços Filipe Pereira

Luz e Som Rafael Maia

Edição de Vídeo Mariana Leite Soares


Galeria



 
 
 

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